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Pense em 2030: o ESG chegou para ficar.

Entramos numa década decisiva para o futuro dos negócios, e junto a isso, buscamos também um planeta mais sustentável e uma sociedade mais justa.


As empresas que pensam no longo prazo - daqui a 10 anos em diante - com uma estratégia voltada para o ESG (Environmental, Social, Governance) estarão um passo à frente das demais, e certamente irão prosperar muito na próxima década.


ESG é um termo de tendência atualmente, mas não é algo que está simplesmente na moda, ele realmente veio para ficar.

 

Para começar, o que E, S e G significam?


E = Environmental

Ambiental


É a forma como as ações de uma empresa impactam o meio ambiente. Pode incluir o uso de energia, desperdício e poluição de uma empresa. Pode-se examinar como uma empresa usa energia renovável, emprega tecnologias verdes e reduz sua pegada de carbono. O relatório de sustentabilidade de uma empresa fornecerá essas informações. Além disso, muitas empresas empregam Diretores de Sustentabilidade, cuja função inclui garantir que a empresa atenda às suas metas de sustentabilidade para investidores, funcionários e comunidade.


S = Social

São as políticas e relações de trabalho, engajamento dos funcionários, inclusão e diversidade, direitos humanos, relações com comunidades, privacidade e proteção de dados. Como uma empresa se envolve com as principais partes interessadas, incluindo funcionários, fornecedores, clientes e as comunidades em que trabalham. Pode incluir relacionamentos com fornecedores da empresa, doações para a comunidade e horas de trabalho voluntário. Essa métrica pode incluir salários e benefícios dos funcionários, diversidade e inclusão e atendimento ao cliente. Um potencial investidor pode consultar o relatório de cidadão corporativo da empresa para encontrar essas informações.


G = Governance

Governança


Corresponde a todo o conjunto de políticas, processos e boas práticas implementados em uma organização e que regula o controle da empresa. Os controles internos de uma empresa, incluindo conformidade legal, regulamentar e como a gestão trabalha com as partes interessadas internas e externas. Pode incluir os métodos de contabilidade da empresa e conflitos de interesse do conselho.



Como surgiu o ESG?


Apesar de o termo ESG ter se popularizado recentemente, a preocupação com investimentos em empresas sustentáveis existe há bastante tempo.


A primeira evidência concreta de um fundo de investimento conhecido globalmente, que inspirou o ESG como o conhecemos hoje, foi o Pax World Fund, constituído em 1971 por dois reverendos, que embutiram seus valores para apostar em empresas que se destacavam em responsabilidade social e excluir os seus investimentos de empresas que estavam contribuindo com a Guerra do Vietnã.


Entre os anos 1990 e 2000, surgiram os primeiros índices socialmente responsáveis. O primeiro focava em investimentos sustentáveis e busca reduzir investimentos em empresas de armas, cigarros e álcool. Já o outro índice era o Dow Jones Sustainability Index, criado em 1999 para avaliar a performance de empresas conforme critérios que mais tarde seriam chamados de ESG


O conceito ESG foi o resultado de uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial, lá em 2005, na qual 20 instituições financeiras de 9 países diferentes – com o Brasil incluso – se uniram para encontrar uma maneira de incluir as questões ambientais, sociais e de governança no mercado de capitais.


A sigla surgiu oficialmente no relatório Who Cares Wins (ou, em português, “ganha quem se importa”), através da Organização das Nações Unidas (ONU).


 

ESG no Brasil


No Brasil, a discussão sobre as práticas ESG só está começando. Embora tenhamos observado um movimento das empresas em torno do tema, ainda são poucas que endereçam as práticas de maneira consolidada dentro de sua estrutura.


Dependendo do modelo de negócio da empresa, podemos encontrar mais ou menos sinergia entre os diferentes eixos das práticas ESG. Porém, uma que é presente e constante para todas é a questão social.


Enquanto organismos ativos dentro da sociedade, que recrutam pessoas, vendem produtos e serviços que serão usados por pessoas, e assim interferem diretamente no bem-estar social.



ESG no mundo corporativo e para investidores


Nos últimos anos, as questões ESG chegaram a um patamar mais estratégico nas empresas.


Muitos setores com impactos ambientais significativos têm se comprometido com uma agenda de transição para uma economia de baixo carbono, mais inclusiva e com maior compromisso de transparência.


Nesse movimento também está incluído o mercado financeiro, com compromissos firmados para financiamento desta transição.


As decisões de negócios não consideravam os impactos negativos gerados pela atividade da empresa na sociedade e no meio ambiente. No entanto, nos tempos atuais, por pressão de investidores, conselheiros, consumidores e fornecedores, as empresas estão sendo cobradas a considerar esses impactos na tomada de decisões estratégicas. Esse público possui interesses diversos, mas há convergência na percepção de que a perenidade de uma empresa não está ligada apenas à sua capacidade de gerar caixa e lucro, mas também está relacionada à sua responsabilidade de gerir e mitigar riscos e à sua capacidade de contribuir para criar impacto positivo nas frentes social e ambiental. Nesse contexto, destaca-se a interdependência entre a economia, as organizações, os indivíduos e o ambiente natural.



Uma Vitória para todas as partes interessadas


ESG pode levar a investimentos responsáveis, não apenas para os investidores, mas também encorajando as empresas a liderar com responsabilidade. Seja no meio ambiente, nas comunidades ou como parte das políticas do conselho, o ESG é útil para todos.


Mas sabemos que experimentar uma nova visão enquanto se administra um empreendimento exige coragem. Ninguém pode ser forçado a evoluir mesmo com as melhores das intenções. Por isso, o respeito ao ritmo e ao processo único de cada organização é uma premissa.


Quando olhamos para a estrutura de uma empresa, suas práticas e formas de gestão podemos discernir de qual visão de mundo elas derivam. Qualquer nível de desenvolvimento pode ser considerado bom pela empresa, a questão é se esse nível de consciência está adequado para essa nova era que se inicia.



Entendeu por que essa sigla é tão importante atualmente?
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